Transformando o medo em direção: o caminho para o crescimento
Sabe aquela vontade de realizar um novo projeto, mas a paralisia se instala? Entre uma desculpa e outra, uma verdade que precisava aceitar: o medo não é o inimigo, mas um poderoso sinalizador de crescimento pessoal.
A qualidade de vida está intimamente ligada à nossa habilidade de lidar com incertezas. Afinal, as coisas que mais precisamos fazer são justamente as que mais nos assustam. Embora a idéia de experimentar algo novo seja empolgante, é no momento de agir que o medo se intensifica. Não é só o medo da exposição, mas também dos resultados desconhecidos.
O meu último dialogo com o medo foi algo mais ou menos assim: “O que as pessoas vão dizer? E se não der certo? Será que estou pronta?” E ele continuava: “Não faça isso, você não sabe o que vem pela frente. Lembra da última vez que tentou algo novo?” Se permitir que essa narrativa continue, essa voz vai se tornando cada vez mais alta, minando as chances de qualquer transformação.
Aqui surge uma questão. Raramente nos sentiremos prontos para fazer coisas que nos assustam. Nosso inconsciente, com sua programação protetora, nos mantém presos ao que é familiar, acreditando que o conhecido é sinônimo de segurança, mesmo que os resultados não sejam satisfatórios. O medo, embora sirva de proteção, também pode limitar o crescimento.
O progresso frequentemente se esconde por traz de um discurso convincente: "Preciso estar mais preparada. Depois eu faço." E o resultado desejado permanece inalcançável.
Mudança requer risco. Para que ela aconteça é preciso tomar a decisão de mudar. E isso começa pelo estado mental. Devagar, escutando o coração, alinhando valores, e dando pequenos passos cheios de uma coragem desconfortante, acreditando que tudo acontece para o nosso crescimento.
De repente, percebemos que o medo não é tão aterrorizante assim. Quando algo é novo e você não se sente pronto, lembre-se que o que está além do medo, vale a pena. Não porque será perfeito, certamente não será. Não porque o sucesso está garantido, raramente está. Mas porque escutar os sonhos é acreditar que a vida tem algo maior para oferecer.